MEU BLOG
Eu o levo para o meu mundo, para ajudá-lo a olhar para si mesmo e para os outros de maneira diferente.
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    Caroline Behague - Meu blog

    O segredo bem guardado da disponibilidade.

    Há alguns dias, fui convidado para ministrar um workshop sobre poder, o famoso “empowerment”


    Minha única intenção naquele dia era que os participantes pudessem sentir. Sentir o poder deles? Sim e não, quero dizer que eu não sabia onde estava o poder de cada um... Então não sabia o que eles iriam encontrar mas tinha certeza que estaria relacionado com o seu poder interior.

    Como podemos definir a palavra poder? Por muito tempo, associei-o a: força, expansão, presença forte ou mesmo dominação, como algo indestrutível como uma rocha que nada alcançava… Precisamente nada poderia afetá-la, portanto nada a sentir….

    Na verdade, tratar-se-ia de sair de uma definição limitante na qual se deveria "encaixar" e, portanto, possivelmente comparar-se (quem ou o que é mais ou menos poderoso) segundo os critérios. Mais uma vez, de que critérios estamos falando?

    Saindo da crença, pode-se então começar a sentir. Mas sentir o quê? O que se aproxima desse estado de poder? Sentir isso permitirá que você o defina e não o contrário. Para senti-lo, é importante não ficar "perdedor" com pensamentos como "nunca serei poderoso" porque, novamente, seria definir critérios de antemão e lembro que aqui não é mais o caso. Sem critérios = ausência de crenças.

    A única coisa que importa para sentir plenamente e verdadeiramente o seu poder (ou qualquer informação nesse sentido) é a sua disposição "neutra" (sem expectativa) para receber, ouvir, sentir….

    Só em que momento da nossa vida fomos ensinados a nos disponibilizar sem saber o quê? Estamos mais acostumados a nos preparar para algo, dependendo da ideia que formamos, nos adaptamos ao que imaginamos.

    Colocar-se à disposição é um verdadeiro salto no vazio e sem saber ao que, pode não interessar.

    No entanto, é a partir dessa disponibilidade que o poder se revela. Pode ser suave ou forte, intenso ou sutíl, em uma forma ou em seu oposto. Não importa, o que importa é sentir algo em nós se revelando, tomando forma por dentro.

    Depois, muito depois, virão as palavras, os pensamentos para explicar nossos sentimentos. Assim, sinto que o que vivo é baseado em sensações reais, experiências e não mais simples pensamentos sem raiz….

    Passamos muito tempo tentando viver, sentir, seja poder, reconhecimento, amor etc… e durante todo esse tempo, não estamos disponíveis para recebê-lo! Que paradoxo!

    Parece loucura, mas não é do que se trata nesse jogo entre a vida e nós?

    Caroline
    Artigo